-Eu chamo eles! – Rodrigo gritou e saiu correndo pelos corredores do grande edifício. Diego foi atrás dele e conseguiu alcançá-lo.
-Nada disso, mocinho. Você vai pra casa e tomar um banho, você está todo suado de tanto que andou de bicicleta. – Diego disse. – Pode deixar que eu vou chamar eles e depois vou pra casa, ok?
-Ah, mas por quê? – Ele contestou.
-Por que sim.
-“Por que sim” não é resposta, pai.
-Chega de enrolação, vai logo pra casa que eu já estou indo, ok?
-Tudo bem… – Rodrigo disse e entrou no elevador para ir para sua casa. Diego e Roberta deixavam ele andar pelo prédio sozinho, pois sabiam que era seguro e o porteiro não deixava ele sair.
Rodrigo chegou em casa e abriu a porta animado. Foi logo procurar sua mãe para contar á ela a novidade. Não a achou nem na sala então ele a chamou.
-Mamãe? Cadê você? – Ele gritou enquanto procurava ela.
-No seu quarto! – Roberta gritou.
Rodrigo foi correndo ate seu quarto, eufórico. Ele abriu a porta e viu sua mãe agachada juntando os seus brinquedos do chão do seu quarto.
-Mamãe! O que você ta fazendo?
-Juntando seus brinquedos, que por sinal, eu pedi para que você guardasse, mas parece que você não me escuta…
-Eu prometo que não vai mais acontecer mamãe. – Ele disse, com uma cara sapeca.
-Eu já escutei isso antes. – Roberta disse e revirou os olhos. Ela parou de juntar tudo e se sentou na cama do filho, que se sentou ao seu lado. – E então, como foi lá com seu pai? O que vocês fizeram?
-Foi muito bom! Mamãe você nem vai acreditar, agora eu sei andar de bicicleta! Você tinha que estar lá! O papai me ensinou! Primeiro ele segurava, mas depois eu fui sozinho, e eu nem caí! – Rodrigo falava muito rápido e fazia uns gestos com as mãos, totalmente animado.
Roberta ria da animação e euforia dele. Rodrigo sorria, o sorriso mais lindo do mundo. Seus olhinhos brilhavam de excitação.
-Eu queria muito estar lá pra ver o meu filhote andando de bicicleta! Eu to muito orgulhosa de você meu bebê. – Roberta disse e o puxou para seu colo, depois de um beijinho em sua bochecha. – E cadê seu pai que ainda não chegou?
- Ele foi chamar o resto do pessoal, pra gente comer pizza! – Rodrigo disse. – Eu queria ir junto, mas ele disse que era pra mim vir pra casa pra você me dar um banho. – Ele falou e fez uma carinha triste.
-E porque você ainda não foi tomar seu banho, senhor Rodrigo? – Roberta fingia de brava.
-Por que eu to aqui conversando com você, mãe. – Rodrigo disse com um sorrisinho.
-Muito engraçadinho você, né? – Roberta disse e começou a fazer cócegas no filho, que se contorcia e gargalhava na cama. - Agora vamos lá, você vai tomar seu banho enquanto eu procuro uma roupa pra você.
Roberta pegou Rodrigo e o levou para o banheiro. Tirou a roupa dele e todos aqueles equipamentos, ligou o chuveiro e ele entrou. Roberta deu banho nele e depois deixou ele lá, brincado com a água, enquanto procurava uma roupa pra ele.
Depois de separar uma roupa pra ele, pegou o roupão dele e foi até banheiro para tirá-lo do banho.
Foram para o quarto dele.
Rodrigo corria pelo quarto só de cueca, que foi a única coisa que Roberta conseguiu vestir nele.
-Meu Deus, como uma pessoa consegue ficar tão elétrica mesmo depois do banho? – Roberta revirou os olhos enquanto Rodrigo ficava pra lá e pra cá. – Vem filho, deixa eu colocar o resto da roupa em você.
-Mas eu quero ficar assim mamãe, só de cueca.
-Você não pode ficar por aí só de cueca.
-Por que não? – Rodrigo perguntou.
-Porque… – Roberta ia começar a falar quando Diego chegou e entrou no quarto.
-Cheguei. E então, o que eu perdi?
-Ainda bem que você chegou! – Roberta disse.
-Por quê? O que aconteceu? – Diego disse, um pouco preocupado.
-O Rodrigo não quer colocar a roupa de jeito nenhum. Quer ficar andando por aí só de cueca.
-Ei filho! – Diego o chamou e Rodrigo veio ate ele. – Vem cá, deixa eu colocar a roupa em você.
Rodrigo não respondeu nada, apenas ficou quietinho enquanto Diego colocava a roupa nele. Roberta olhava impressionada.
-Como você consegue colocar a roupa nele tão rápido? E ele deixou1 – Roberta dizia, boquiaberta.
-Não sei. – Diego ria da cara de Roberta e depois lhe deu um selinho.
-Amor, quando você era pequeno gostava de ficar andando só de cueca? – Roberta perguntou, rindo. – Só pode ser essa a explicação pro Rodrigo ser assim.
-Não que eu me lembre. Por que você gosta de ficar só de cueca filho? – Diego perguntou, também rindo.
-Por que é mais melhor de bom! Não precisa ficar se preocupando com que roupa vestir e é mais confortável. – Ele disse.
-Tudo bem, agora vamos parar com esse papo que o pessoal já deve estar chegando. – Diego disse e olhou pra Roberta. – Amor, você já pediu as pizzas?
-Não, ninguém me avisou que era pra pedir.
-Você pode fazer isso pra mim? Eu ainda tenho que tomar banho. – Diego falou.
-Claro que eu posso meu amor. Agora vai lá tomar seu banho… – Roberta disse e riu.
Roberta encomendou as pizzas que já deviam estar chegando. Rodrigo estava assistindo Bob Esponja na TV. Roberta tentava ajeitar tudo antes do pessoal chegar. Diego já tinha saído do banho e estava terminando de se arrumar.
A campainha tocou e Rodrigo correu para atender a porta. Eram Alice e Pedro. Clarisse estava no colo de Pedro.
-Oi meu lindo. – Alice o cumprimentou e deu um beijinho em sua testa.
-Oi titia. – Ele também a cumprimentou.
-Fala aê tampinha. – Pedro o cumprimentou e eles bateram as mãos uma na outra. “tampinha” era o apelido que Pedro tinha dado para Rodrigo, já que ele era pequeno, afinal, seus pais não eram lá muito grandes.
-Oi titio. – Rodrigo disse, rindo. Achava engraçado seu apelido, mesmo sem saber o que significava.
-A gente chegou muito cedo? – Alice perguntou, vendo que ninguém mais tinha chegado.
-Não, não chegaram não. Agora vem cá minha gostosa. – Roberta foi até Pedro e pegou Clarisse do colo dele. Clarisse era a mais nova de todos, por isso era o xodó deles.
Todos foram para o sofá, estavam conversando enquanto esperavam o resto do pessoal chegar. Rodrigo percebeu que estava faltando alguém ali.
-Mas tia Alice, cadê o Matheus? – Rodrigo perguntou.
-Eu pedi pra ir chamar a Carla e o Tomás, mas pensei que eles já tivessem vindo pra cá. Ele vai vir quando eles vierem. – Alice disse e olhou no seu relógio de pulso. Eles estavam demorando.
-E aí, você sabe mesmo andar de bicicleta ou é tudo mentira do seu pai? – Pedro perguntou, mudando de assunto.
-Claro que eu sei, meu papai me ensinou! – Rodrigo disse e todos riram.
-E nós não vamos ver esse vídeo não? – Pedro perguntou.
-Vamos esperar todo mundo chegar, aí a gente vê o vídeo e depois vamos comer a pizza, que já deve estar chegando. – Diego disse.
Eles ainda ficaram conversando um pouco. A pizza chegou, mas nada de Tomás, Carla, Angellina, Thiago e Matheus.
Depois de mais alguns minutos, a campainha toca. Rodrigo como sempre corre para atender a porta. Eram eles, finalmente tinham chegado.
-Chegamos! – Tomás disse, praticamente gritando, chamando atenção de todos.
-Percebi. – Roberta disse, rindo.
-A gente demorou muito? – Carla disse, entrando no apartamento.
-Claro que não. – Diego disse
-Claro que sim, estamos esperando vocês á quase duas horas. – Pedro disse.
-Ai, desculpa fazer vocês esperarem, é que o Tomás…
-Calma Carla, ele só tava brincando. Vocês não demoraram muito não. – Alice disse, sorrindo.
-Então vamos logo ver esse vídeo. – Tomás disse.
Todos se sentaram. Alguns no sofá, outros no chão. Diego e Roberta, estavam sentados no sofá pequeno, de dois lugares. Roberta estava com Clarisse sentadinha em seu colo. No sofá maior de três lugares, estava Tomás, Carla e Alice. Pedro estava sentado no braço do sofá ao lado de Alice, que estava apoiada nele. Os quatro pequenos estavam sentadinhos um do lado do outro. Rodrigo, Matheus, Angellina e Thiago, nessa exata ordem. Estavam a coisa mais fofa do mundo, juntinhos assim. Dava até vontade de apertar!
Diego deu o play e todos começaram a prestar atenção na grande TV da sala.
Alguns minutos depois, o vídeo caseiro chegou ao fim.
-Ai, como eu to orgulhosa do meu bebê! – Roberta disse.
-É, ele realmente foi muito bem! Parabéns meu lindo! – Carla disse.
-A gente pode combinar de um dia sairmos todos pra pedalar um pouco. – Pedro sugeriu.
-Ótima ideia. – Diego falou.
-Tá tudo muito bom, mas eu vou é atacar aquela pizza que meu estomago está gritando por ela. – Tomás disse e foi pra cozinha.
Todos foram atrás dele, ou melhor, da pizza. Cada um se servia e foram comer na sala mesmo.
Depois de comerem, estavam todos conversando e rindo das palhaçadas um dos outros. Matheus que estava calado, vai até Alice, que o puxou para seu colo e lhe deu um beijinho. Ele se aproximou do ouvido da mãe e sussurrou.
-*Mamãe, posso pedir uma coisa?* – Ele sussurrou.
-Claro que pode meu anjo. O que você quer? – Alice respondeu, baixinho, apenas para que ele ouvisse.
-Que quero que vocês cantem. – Matheus disse, agora alto para que todos ouvissem. Todos olharam pra ele. – Quero que vocês cantem pra gente, uma música bem bonita. – Ele disse, com seu jeitinho tímido.
-E por que isso agora filho? – Pedro perguntou.
-Porque vocês nunca cantaram pra gente. Você e a mamãe cantam pra mim e pra Clarisse, mas eu quero ouvir todo mundo cantando junto. A mamãe me disse que vocês até tinham uma banda. – Ele disse, um pouco envergonhado.
-Claro que a gente pode cantar, vais ser ótimo relembrar os velhos tempos. – Carla disse, já animada.
-Que musica a gente pode cantar? – Diego perguntou
-Hmm… quem sabe… Ah, não, essa não… mas quem sabe… não, essa também não… Anda povo, me ajuda a pensar em alguma música! – Tomás disse.
-Eu já sei! – Roberta disse.
-Qual? – Pedro perguntou.
-Juntos até o fim, óbvio. – Roberta disse e sorriu.
Todos concordaram em cantar essa. Diego e Pedro foram pegar os violões que tinham ali, enquanto as meninas se preparavam.
Eles voltaram e se posicionaram. E a música começou.
Tem coisas na vida
Que nunca vão mudar
Um momento bom
Só é bom se tiver, alguém pra dividir
Todo mundo tem segredos para contar
Todo mundo tem que ter alguém para confiar
Alguém que você possa desabafar
Alguém que o destino pôs pra te ajudar
Quando o dia vira a noite você está á só
Quando se perder eu vou te achar
Pra te guiar
Pra te salvar
Quando pensa em desistir
Minha voz você vai ouvir
Olhe pro lado eu vou estar
Podemos ir até o fim,
Sei que você faria o mesmo por mim.
O mesmo por mim, O mesmo por mim
Eu sei…
Ás vezes esqueço
Como o tempo passa
Dar valor no que importa
É cuidar de quem você gosta,
Todo mundo tem segredos para contar
Todo mundo tem que ter alguém para confiar
Alguém que você possa desabafar
Alguém que o destino pôs pra te ajudar
Quando o dia vira a noite você está á só
Quando se perder eu vou te achar
Pra te guiar
Pra te salvar
Quando pensa em desistir
Minha voz você vai ouvir
Olhe pro lado eu vou estar
Podemos ir até o fim,
Sei que você faria o mesmo por mim.
Mesmo se o mundo te der as costas
Se suas perguntas Não tiverem Resposta
Se você cair,
Saiba que sempre vou estar aqui
Saiba que sempre vou estar aqui
Pra te guiar
Pra te salvar
Quando pensa em desistir
Minha voz você vai ouvir
Olhe pro lado eu vou estar
Podemos ir até o fim,
Sei que você faria o mesmo por mim.
Pra te guiar
Pra te salvar
Quando pensa em desistir
Minha voz você vai ouvir
Olhe pro lado eu vou estar
Podemos ir até o fim,
Sei que você faria o mesmo por mim. ♪
Créditos :Monaliza Araujo e Micaela Lopes
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