3 de abr. de 2014

Juntos até o fim - Cap 28


Todos já estavam arrumados. Hoje seria a festinha de aniversário da Luíza.

Diego, Roberta e Rodrigo já estavam no estacionamento do prédio, esperando os outros chegarem para poderem ir todos juntos.

-Nossa, como demoram… A gente vai se atrasar! – Roberta reclamou, encostada no carro do marido.

-Calma amor, eles já devem estar vindo… – Diego disse e sorriu para a esposa.

Eles esperaram mais um tempinho, até que puderam avistar Thiago e Angellina virem correndo.

-Oi lindos! Como estão bonitos. Cadê seus pais? – Roberta cumprimentou-os e perguntou.

-Brigada titia. – Angellina agradeceu, sorridente. – A mamãe e o papai tão vindo.

-Olha eles ali tia! – Thiago apontou para os pais, que vinham em direção á eles.

Carla e Tomás vinham abraçados. Estavam simplesmente lindos!

-Ué, cadê a Alice e o resto do pessoal? – Carla perguntou.

-Ainda não chegou, como sempre. – Roberta disse e fez uma careta.

Angellina e Thiago foram ficar perto de Rodrigo, que já estava impaciente de esperar.



Depois de um tempinho, Pedro, Alice e os filhos, Matheus e Clarisse chegaram. Todos também estavam lindos. Clarisse vinha segurando a mão de seu pai e com a outra mexendo no belo vestido, mostrando-o.

-Finalmente! – Tomás exclamou.

-A gente nem demorou tanto assim, tá bom? – Alice disse.

-Jura? To aqui á um tempão esperando vocês… – Roberta disse, implicando.

-Verdade amor, a gente demorou um pouquinho… – Pedro dizia, até sentiu o olhar pesado de Alice sobre ele, fuzilado-o com os olhos.

-Tá, o que importa é o que todo mundo já chegou… – Diego disse.

-É, agora a gente já pode ir né? Nós meio que já estamos atrasados– Carla falou.

Eles todos se ajeitaram pra ir. Carla e Tomás colocaram os gêmeos nas cadeirinhas no banco de trás e se sentaram no banco da frente.  Diego fez o mesmo com Rodrigo e foi para o banco do motorista, com Roberta ao seu lado. Pedro subiu em sua moto. Ele tinha seu carro, mas sua paixão mesmo eram as motos. Logo que ele subiu, colocou seu capacete e ouviu Matheus o chamando.

-Papai! Eu quero ir com você… – Ele dizia, manhoso.

-Tá bom. – Pedro riu. – Pega seu capacete e vem.

Matheus foi até o carro do pai e pegou o capacete reserva que guardavam ali e voltou. Alice o ajudou a subir na moto.

-Se segura bem pra não cair viu? – Matheus assentiu e Alice deu um beijinho em sua bochecha.

-E você também, toma cuidado. – Alice advertiu Pedro e logo depois seu um selinho nele. – Te amo.

-Também te amo.

Alice colocou Clarisse na cadeirinha de seu carro e foi pro banco da frente, depois ligando o mesmo.

Todos já estavam prontos, então os três carros e a moto seguiram para fora do prédio.



Depois de um tempo, logo chegaram em frente ao salão onde seria a festa. Já podiam ouvir a musica ao fundo e algumas bolas decorando a entrada do local.

Pedro havia sido o primeiro a chegar com o filho, pois foram de moto. Logo depois os outros também chegaram ao local.

Entraram todos juntos no salão.

A decoração estava completamente linda! O tema, é claro, era da Branca de Neve. As mesas com toalhas xadrez vermelhas e com uma bonequinha da branca de neve. A mesa de doce, repleta de guloseimas. A mesa do bolo, muito bonita e bem decorada. Tudo maravilhoso.

Eles adentraram o local e logo foram cumprimentar a aniversariante, Luíza. Ela estava linda, fantasiada de Branca de Neve, igual a toda a decoração. Eles entregaram os presentes e deram parabéns a menina, que agradeceu educadamente.



Todos foram se sentar, e ‘juntaram’ três mesas pra caberem todos juntos.

Nas mesas ao redor, puderam avistar vários conhecidos na festa, alguns da época do colégio, que não viam á algum tempo.

Maria e Murilo estavam com os trigêmeos André, Alan e Alex, que corriam de um lado pro outro, sapecas, deixando os pais loucos. Vinícius e Juju que estavam recém-casados, e esperavam a pequena Gabriela. Vitória e Bernardo também tinham acabado de ficarem noivos e estavam super felizes. Reconheceram também várias outras pessoas, já noivas, casadas ou com filhos e família. É, isso os fez perceber o quanto o tempo passa rápido, lembraram-se da época em que eram apenas adolescentes sonhadores…

Nas mesas em que eles estavam, todos falavam e conversavam um com os outros, conversas paralelas, uma barulheira que só. Um dos garçons da festa veio até eles e os serviu com refrigerantes, e outro garçom veio e serviu salgadinhos e petiscos.

Roberta logo pegou vários pra ela e começou a devorá-los. Todos a olharam, mas ninguém comentou nada.

-Mamãe, posso ir nos brinquedos? – Thiago perguntou para a mãe, que estava sentada ao seu lado.

No salão, havia uma parte só com brinquedos para as crianças, com cama elástica, piscina de bolinhas, casinha, jogos e essas coisas.

-Eu também quero! – Rodrigo também dizia

-Tá, então vamos todo mundo? – Carla disse.

Ela e Alice levariam as crianças pra brincarem um pouco. Matheus, Angellina, Rodrigo, Thiago e Clarisse logo corriam na frente, indo para os brinquedos.



Enquanto Matheus e Thiago estavam na cama elástica, Rodrigo estava na área dos jogos. Angellina e Clarisse estavam brincando na casinha com as outras menininhas que haviam ali.

Alice e Carla lutavam pra conseguir tomar conta de todos ao mesmo tempo, o que era um pouco engraçado.

Enquanto elas ficavam olhando os pequenos nos brinquedos, Roberta, Diego, Pedro e Tomás ficaram na mesa, comendo e conversando. Roberta mais comendo que conversando.

-Roberta, sabe, eu acho, tipo, só acho, que você ta comendo demais… – Tomás disse e riu.

-Eu não acho. – Roberta disse, despreocupada, enquanto comia mais um salgadinho.

-É melhor deixarem de implicar com ela viu, depois cês não vão gostar… – Diego disse e riu.

-O Tomás tem toda razão, desse jeito você vai ficar gorda… – Pedro ria enquanto implicava com a amiga, que tinha uma cara brava.

-Olha só, você não pode falar nada de mim ok? – Roberta enfiou mais um salgadinho na boca e continuou falando. – A Alice também comia bastante, e ela não ficou nada magrinha quando tava grávida.

Roberta continuava comendo e Tomás soltou uma gargalhada.

-Tá rindo por que idiota? Com a Carla não foi nada diferente, lembra? Ainda mais com ela grávida de gêmeos, a barriga dela parecia uma montanha.

Agora foi a vez de Pedro gargalhar.

-Eu avisei pra não mexerem com ela… – Diego riu e os amigos o olharam, fuzilando-o com os olhos.



Carla e Alice, que tentavam ao máximo ficar olhando cinco crianças, decidiram que já estava bom de tanto brincarem. Era mais difícil do que pensava. Crianças correndo de um lado pro outro, gritando, uma bagunça que só. Luíza também estava brincando com as outras crianças.

-Filhos, vem, já chega né… – Carla chamava os filhos, que estavam na cama elástica.

-Mas… – Thiago continuava pulando, ofegante. – Eu não quero mamãe!

-Vem comer alguma coisa e depois vocês voltam. – Carla insistia.

-Depois mamãe… – Angellina disse, também pulando.

-Depois nada, venham agora. – Carla disse, autoritária.

Angellina e Thiago decidiram logo obedecerem a mãe e saíram da cama elástica, com a ajuda da mesma.



Ali do lado, na parte dos jogos, Alice tentava tirar Matheus e Rodrigo do vídeo game que tinha ali.

-Vamos logo meninos…

-Mamãe, é só mais essa partida, tá bom? – Matheus dizia, sem tirar os olhos da tela na parede.

-É titia, depois a gente vai… – Rodrigo também prestava atenção no jogo.

-As outras crianças também querem jogar… – Alice disse, com Clarisse no colo. – Vamos, já deu um trabalhão tirar a Clarie da piscina de bolinhas, vocês também vão dar trabalho?

Havia uma pequena fila de crianças, esperando por sua vez no vídeo game.

-Tudo bem… – Matheus suspirou, vencido. – Vamos lá, cara. – Ele chamou o ‘primo’.

Os dois saíram dali, e logo mais crianças tomaram seus lugares no vídeo game.

-Isso mesmo, bons meninos. – Alice disse e sorriu.



Carla e Alice voltaram para a mesa onde estavam, junto com as crianças.

Diego ainda ria dos foras que Pedro e Tomás receberam de Roberta.

-Do que vocês tão rindo? – Carla perguntou e se sentou na cadeira ao lado de Tomás.

-É, do que vocês estavam falando? – Alice disse, suspeitando.

-Nada demais amor. – Pedro disse e deu um selinho nela.

-Estávamos falando que você e a Carla estavam gordas. – Diego disse e recebeu olhares de fúria das duas. – Quando estavam grávidas, é claro.

-Eles falaram que eu estava gorda e eu também falei de vocês, simples. – Roberta disse e sorriu. Pegou outro petisco e o enfiou na boca, depois bebendo um pouco de refrigerante.

-Roberta! – Alice dizia, incrédula.

-Tá, e aí que a gente ficou gorda? Depois a gente voltou ao normal. – Carla disse.

-Mas ela disse que eu tava gorda! – Alice disse.

-Queria que eu falasse como? Gordinha, fofinha, cheinha… Ou algum outro diminutivo?

-Tá, já chega disso! – Pedro disse, interrompendo.

-É, ninguém aqui tá gorda. – Tomas disse, depois riu e sussurrou. – Menos a Roberta…

-Eu ouvi isso! – Roberta disse.

-Acabou a discussão! – Diego disse.

Elas pararam com o assunto ‘Quem estava mais gorda’ e voltaram a conversar novamente. As crianças comiam, já que passaram o tempo todo brincando,

-A gente já pode voltar pros brinquedos? – Matheus disse enquanto dava uma mordida em um salgadinho.

-Terminem de comer primeiro né? – Alice disse.

Eles terminaram de comer bem rápido, ansiosos pra voltarem nos brinquedos.

-Pronto! Terminei, agora já posso ir? – Thiago falou, animado.

-Pode, pode sim… – Carla riu.

Rodrigo, Angellina, Matheus e Thiago voltaram correndo para os brinquedos, dessa vez, sozinhos. Clarisse ficou com os pais na mesa, entretida com um pirulito que tinha pegado da mesa dos doces.



Na parte dos brinquedos, Thiago Angellina e Rodrigo entraram na fila para irem na cama elástica. Matheus tinha voltado pra aérea dos jogos.

Enquanto eles esperavam a sua vez na fila, chegou um garoto, um pouco mais velho que eles, talvez 6 ou 7 anos. O tal garoto foi para frente e furou a fila, entrando na frente de Angellina.

-Saí da frente garota! Eu quero ficar aqui. – Ele entrou na frente de Angie e a empurrou, quase fazendo-a cair, mas Rodrigo a segurou.

-Ei! Não fala assim com a minha irmã! – Thiago foi até o menino.

-O que você vai fazer pirralho? – o garoto olhou para baixo, já que era bem maior que Thiago e o empurrou também.

As crianças já começavam a se alvoroçar, vendo os dois.

Rodrigo saiu correndo até as mesas onde estavam os pais e os tios.

-Tio! Tio! Um menino… Ele, ele empurrou a Angie e agora que brigar com o Thiago! – Rodrigo dizia, apressado, pra Tomás.

-Quê?!  Eu vou lá agora!– Tomás logo se levantou e foi apresado, até os filhos. Carla foi atrás do marido, preocupada.

-Isso é verdade filho? – Diego perguntou. Rodrigo assentiu com a cabeça, dizendo que sim.

-Conta direitinho o que aconteceu. – Alice pediu.

-A gente tava lá na fila pra ir no pula-pula. Aí… aí um menino grandão entrou na frente na Angie e empurrou ela, e depois o Thiago foi lá e eu acho que eles iam brigar. – Ele explicou, um pouco confuso.



Tomas e Carla chegaram lá e logo procuram os filhos dentre todas aquelas crianças. Carla logo avisou a filha e a pegou no colo.

-Você tá bem, querida? – Carla perguntou preocupada e Angellina assentiu.

-Só aquele bobão que me empurrou. – Ela apontou para o garoto, que discutia com Thiago. Tomás já havia chegado lá.

-Você é um idiota! – O garoto disse.

-E você um babaca! – Thiago revidou.

-Já chega vocês dois! Acabou! Thiago, vem. – Tomás disse, sério. Thiago pegou na mão do pai e os dois iam saindo dali.

-Isso, vai, filhinho de papai! – O garoto implicava.

-Como é que é garoto?! – Tomás se virou ao ouvir aquilo. Esse garoto era abusado, até demais!

-Ei, ei, ei! Já chega! – Carla chegou lá, interrompendo. – Ninguém aqui vai brigar. Muito menos você né Tomás. O garoto pode ser abusado, mas é só uma criança, uma criança infeliz, mas uma criança. Vamos logo sair daqui.

Carla e Tomás tiram os filhos dali e voltaram pra mesa, junto com os outros. Depois disso, eles voltaram a curtir a festa normalmente, mas Angellina e Thiago não voltaram pros brinquedos, o que os fez ficarem emburrados o resto da festa.

Depois de um tempo, Pilar chamou todos pra cantar o parabéns. Quando terminaram, cortaram o bolo e serviram. Roberta comeu pelo menos 3 fatias. Também pegaram alguns doces. Depois de se despedirem dos anfitroes, eles logo foram pra casa. A festa até que havia sido boa, se divertiram bastante.

Créditos :Monaliza Araujo e Micaela Lopes

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